segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Meu Amor


O meu amor tem em seus lábios a doçura
em seu perfume a ternura
em suas mãos a leveza
em seu olhar a beleza.

O meu amor não é de muito falar
as palavras em seus lábios parecem dispersar,
mas com doçura sabe encontrar
todas elas quando precisar.

O meu amor consegue acalentar
com seu perfume que tem o dom de acalmar,
com ternura sabe afagar
e se precisar for, recostada em seu peito vou ficar.

O meu amor não é de muito expressar
suas mãos por si só sabem falar,
o arrepio vem de imaginar
a leveza de saber tocar.

O meu amor sabe me ter
quando algo quer, nos gesto se vê,
eu apenas procuro entender
o que seus belos olhos querem dizer.

Temor

   Um tempo distante onde se vivia sem medo, se jogava palavras ao vento sem o temor as conseqüências, se petrificou nas entranhas dos nossos sentidos. Ou era tudo ilusão.
   Se num futuro nada for verdade, a verdade mais obscura se fará mentira. Então em nada se acreditará, e o futuro se transformará não em incerteza, mas sim em temor.
   Se amanhã o sol perder seu calor, se as estrelas a noite perderem seu brilho, se o alvorecer perder sua beleza, se o entardecer perder sua essência, se os dias perderem os sentidos, se o hoje não se tornar o ontem, e se não houver um futuro à esperar... Só nos restará o temor de viver numa vida mais que incerta, onde temer faz o maior sentido de viver.
   Estamos de passagem nessa vida, e se há algo importante a se fazer, é ser, ser o que se quer ser, no momento em que se quer ser, do jeito em que se quer ser, sem esperar o futuro, sem o temor de viver.

   Se a unica certeza que temos é a incerteza do amanhã, então o que nós resta fazer, a não ser viver o hoje, procurando entender o ontem, e sem temer o do amanhã...